quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Abandono




Hoje parei para pensar mais uma vez na vida. E conversando com uma pessoa muito querida  e especial cheguei a uma seguinte conclusão: que a vida é um constante abandono.
Sim, abandono aos poucos mesmo sem perceber vai abandonando as coisas. E esse abanando vem desde que éramos criança.
E não percebemos isso, porque de repente esse é o ritmo da vida.
Quando somos crianças, abandonamos o leite materno, o nosso primeiro sustento e o substituímos por outros alimentos. Abandonamos as fraldas, as chupetas.
Um pouco maiores, quase já na adolescência, abandonamos os brinquedos (bonecas e carrinhos), por baladas e outras coisas... e assim segue a vida.
Só que também abandonamos coisas importantes. Quantas vezes não nos deparamos com coisas que agora só está na memória. Com esta vida louca que vivemos, abandonamos escolas, faculdades, casas, sites, blogs, twitter, orkut, facebook etc.
Só que abandonamos coisas mais preciosas ainda, como amigos, família e este abandono é o mais doloroso.
Então me pergunto se são tão preciso assim e se dói tanto porque os abandonamos? Não sei responder, só sei que ultimamente estou me sentindo assim, abandonada e abandonando as coisas. E fiquei pensando em quantas pessoas abandonei e quantas me abandonaram. Quantas oportunidades que se foram perdidas. Sei que isso deve ter um motivo, e que nada é por acaso. Mas isso é cruel demais.
A vida é mesmo uma caixa de surpresa, quando menos esperamos, lá vem ela com mais uma para decidirmos o que iremos abandonar. Acho que é porque não conseguimos carregar muitas coisas, por isso resolvemos carregar somente algumas delas e abandonamos outras, que em seguida pode ser adotadas e abandonadas por outras pessoas.
Vai falar que não é assim? Que nunca abandonou nada, ou nunca se sentiu abandonado...
Você podem até não concorda comigo, mas isso é fato.

Pronto falei e desabafei.






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