terça-feira, 26 de abril de 2011

Personagem do Dia: Sítio do Pica-pau Amarelo


Oi Gente
Hoje vamos falar de algo que lembra muito minha infância.... lembro que é uma hora sagrada o horário do programa de TV Sitío do Pica-pau amarelo, corria para assistir... tudo desde do começo. Adorava a música... lembra dela?

Marmelada de banana / Bananada de goiaba / Goiabada de marmelo / Sítio do Pica-pau amarelo /  Sítio do Pica-pau amarelo / Boneca de pano é gente / Sabugo de milho é gente / O sol nascente é tão belo / Sítio do Pica-pau amarelo / Sítio do Pica-pau amarelo / Rios de prata piratas / Vôo sideral na mata / Universo paralelo / Sítio do Pica-pau amarelo / Sítio do Pica-pau amarelo / No país da fantasia / Num estado de euforia / Cidade Polichinelo / Sítio do Pica-pau amarelo./ Sítio do Pica-pau amarelo / Sítio do Pica-pau amarelo.

A-D-O-R-O

Mas vamos falar um pouco do sítio:

O Sítio do Picapau Amarelo é uma criação de Monteiro Lobato, escritor brasileiro.A obra é das mais originais da literatura infanto-juvenil no Brasil e o primeiro livro da série foi publicado em Dezembro de 1920. A partir daí, Monteiro Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso, com seu grupo de personagens que vivem histórias mágicas: Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó, Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc. Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sítio pertencente à avó dos garotos, batizado com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da série. Ganhou uma versão na TV.

A primeira adaptação para a televisão foi exibida de 3 de junho de 1952 a 1962, na TV Tupi, ao vivo, no programa Teatro Escola de São Paulo, criado por Júlio Gouveia e Tatiana Belinky. A história escolhida para inaugurar o programa foi A Pílula Falante, um dos capítulos do livro Reinações de Narizinho. O programa ficou no ar por dez anos e foi um grande sucesso da emissora, chamando a atenção de anunciantes e se transformando no primeiro programa da TV a utilizar a técnica de propaganda. A série não tinha intervalo comercial e os produtos como biotônicos e vitaminas eram inseridos durante a história.

Em setembro de 1957 a série estreou na TV Tupi do Rio de Janeiro, dirigida por Mauricio Sherman.  Em 1964, a atriz e diretora Lúcia Lambertini trouxe a série para a TV Cultura de São Paulo. Ela foi produzida durante seis meses mas não repetiu o sucesso alcançado na TV Tupi.

Em 12 de dezembro de 1967, Júlio Gouveia e Tatiana Belinky traziam o Sítio de volta à TV, agora pela TV Bandeirantes e com o patrocínio do Bolo Pullman. A série ganhava o cenário de um sítio de verdade e ganhava um tema de abertura assinado por Salatiel Coelho, além de usar o recurso do vídeo-tape.

Porém a adaptação mais conhecida e exportada para o mundo todo foi a da Rede Globo, de 7 de março de 1977 a 31 de janeiro de 1986, sobretudo para países de língua portuguesa. Os bonecos eram todos brasileiros criados por Rui de Oliveira e Marie Louise Neri. A trilha sonora foi dirigida por Dori Caymmi e era formada por temas essencialmente nacionais, ressaltando a mitologia e o folclore. Destaca-se a música tema da abertura composta por Gilberto Gil, "Sítio do Picapau Amarelo".

Em julho de 2000, a Rede Globo assinou um contrato de 10 anos com os herdeiros de Monteiro Lobato, para produzir uma nova adaptação para a televisão, das histórias do Sítio do Picapau Amarelo, e no dia 12 de outubro de 2001, passou a exibi-la. O programa começou sendo exibido dentro da TV Globinho, mas depois ganhou seu próprio horário na grade de programação da Globo. A primeira temporada, durou do final de 2001 até o ano de 2002, contando as histórias de Monteiro Lobato, depois naquele mesmo ano, após as histórias dos livros terem acabado, iniciou-se outra fase do programa, com novas histórias feitas para a televisão. Igual a primeira versão da Rede Globo em 1977, o Sítio de 2001 também teve histórias criadas somente para a TV, além das criadas por Monteiro Lobato. Mas, no caso da versão 2001, as tramas dos livros de Lobato acabaram mais depressa, pois, na primeira temporada as histórias eram contadas em um ritmo mais rápido, e cada livro durava uma semana para ser contado (ou duas no episódio "A Festa do Faz de Conta", e quatro semanas em Os Doze Trabalhos de Hércules). Já na versão dos anos 70, as histórias demoravam mais tempo sendo adaptadas para TV, com alguns textos tirados dos livros e outros criados para a televisão, e duravam normalmente um mês.

Personagens

Emília é uma das personagens principais da obra infantil de Monteiro Lobato, na série relacionada ao Sítio do Picapau Amarelo. Boneca de pano falante, irreverente e divertida. Emília, na trama criada por Lobato, foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasceu muda e é curada pelo doutor Caramujo, que lhe receitou uma "pílula falante". Emília, então, desembesta a falar: "Estou com um horrível gosto de sapo na boca!". Narizinho, preocupada, pediu ao "doutor" que a fizesse vomitar aquela pílula e engolir uma mais fraquinha. Mas, explicou Caramujo, aquilo era "fala recolhida", que não podia mais ficar "entalada".[2] Ela é conhecida por volta e meia "abrir sua torneirinha de asneiras", principalmente quando quer explicar algo de difícil explicação ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes de coisas ou pessoas por versões com sonoridade semelhante.

Emília é uma boneca de pano, recheada de macela. Em muitas histórias, ela troca de vestido, é consertada ou é recheada novamente. Narizinho também faz e refaz suas sobrancelhas (segundo Reinações de Narizinho) e seus olhos (que são de retrós e por isso arrebentam se Emília os arregala demais). Ela é capaz de andar e se movimentar livremente, porém muitas vezes é tratada por Narizinho como uma boneca comum e é "enfiada no bolso".


Visconde de Sabugosa - Sábio boneco de sabugo de milho, um grande sábio, cuja sabedoria obteve através dos livros da estante da biblioteca de Dona Benta. Apesar de ser um visconde, seu único pertence é a sua cartola. Nas aventuras é sempre escolhido por Pedrinho para fazer as coisas mais perigosas, pelo fato de ele ser "consertável", se estragasse ou se machucasse ou até se morresse, Tia Nastácia fazia outro ainda melhor. O Visconde já morreu diversas vezes em várias histórias diferentes, mas Tia Nastácia simplesmente pega uma nova espiga de milho no paiol, e providencia outro Visconde, reaproveitando somente a cabeça, os braços e as pernas (como acontece em Dom Quixote das Crianças, após o boneco ter sido esmagado pelo livro de Dom Quixote).

Outro fato marcante na personalidade do Visconde, é que ele é muito obediente à boneca Emília, pois ele tem muito medo dela, que sempre o ameaça de "depená-lo" (arrancar seus braços e pernas) se ele não fizer o que ela manda. Por causa disso, ele sempre se submete às ordens da bonequinha, mesmo que as vezes contra o seu próprio gosto, e com isso Emília sempre o obriga a carregar sua canastra cheia de bugigangas em todos os lugares em que vão.


Pedrinho - É o neto querido de Dona Benta, o primo querido de Narizinho. Tem 10 anos, mora e estuda na cidade e o que mais gosta no mundo é passar as férias no sítio da vovó. Adora também café com bolinho de frigideira preparados pela Tia Nastácia. É um menino de grande coragem. Não tem mesmo medo de nada. Quando apareceu uma onça, ele organizou uma caçada e trouxe a bicha morta. Foi o único que conseguiu pegar um Saci e conhecer os mistérios da noite na floresta.


Narizinho - Seu nome verdadeiro é Lúcia Encerrabodes de Oliveira, ela mora com sua avó, Dona Benta Encerrabodes de Oliveira e com Tia Nastácia no Sítio do Picapau Amarelo. O primeiro livro em que Narizinho aparece é A Menina do Narizinho Arrebitado, mais tarde transformado no primeiro capítulo de "Reinações de Narizinho", obra que reúne várias histórias que já foram publicadas do autor. Segundo Reinações de Narizinho, a menina "...tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos."

Narizinho é dona de Emília, a boneca falante, e também tem um primo que mora na cidade, o Pedrinho que vem passar as férias no sítio da avó de ambos os primos. Ela é a protagonista das primeiras histórias da série do Sítio do Picapau Amarelo, papel que, ao longo das histórias, divide com Emília e Pedrinho, que juntos fazem grandes planos, travessuras e brincadeiras.
Em Reinações de Narizinho, a personagem título se casa com o Príncipe Escamado, se tornando Princesa do Reino das Águas Claras.



Dona Benta - é uma grande mestra na geografia. Essa senhora com cerca de 60 anosseu nome completo é Benta Encerrabodes de Oliveira. É a dona do Sítio do Picapau Amarelo e avó de Lúcia (Narizinho) e Pedrinho. Ela é uma senhora bem educada e bastante informada, que representa a sabedoria. Gosta de ensinar aos netos várias matérias como física, geografia, astronomia e história e é famosa por descrever estas matérias de um jeito que todos entendem. Além disso, Dona Benta, sempre gosta de contar ótimas histórias. É uma senhora de cabelinhos brancos e muito educada. Não troca o sítio por nenhum outro lugar do mundo para passar suas férias. Nesse sítio acontecem as coisas mais incríveis. Até petróleo encontraram. Furaram um poço com uma produção de 500 barris por dia. Com isso, de uma hora, para outra Dona Benta que era pobre virou rica.



Tia Anastácia - A extrema bondade de tia Nastácia dava-lhe, no contexto do Sítio do Picapau Amarelo, o verdadeiro ar de brasilidade, junto a uma Dona Benta de formação cultural européia. Enquanto esta falava de Hans Staden, e apresentava aos netos a Mitologia Grega, foi pela boca de tia Nastácia que dezenas de Histórias do folclore brasileiro foram sendo narradas, com deleite, aos meninos do Sítio. Por seus lábios, personagens menosprezados do rico fabulário popular encontraram meios de chegar aos leitores mirins do Brasil, e tia Nastácia tornou-se o centro das atenções, em "Histórias de tia Nastácia" - um dos livros da série. Tia Nastácia é a personagem que representa a sabedoria popular, a sabedoria do povo.

Negra, de beiços grandes, assustada e medrosa, uma cozinheira de mão cheia. Sem os seus quitutes, a vida no Sítio não teria "sabor"… Tia Nastácia é famosa por causa de seus deliciosos bolinhos. O problema é quando a prezada cozinheira mostra anseios de levar o porco Rabicó para o forno, e só não fez isso pois o pobre poltrão é salvo da panela por Narizinho. Supersticiosa, a tudo esconjura com um "cruz-credo

Quando vivo, Monteiro Lobato disse ao jornalista Silveira Peixoto em uma entrevista, que a personagem de seus livros foi inspirada em uma mulher chamada Anastácia, que trabalhava em sua casa como cozinheira, e babá de seus filhos. A "Anastácia real" é descrita como uma negra alta, magra, de canelas e punhos finos.

Tio Barnabé - Um homem da roça, que mora nas propriedades de Dona Benta com o consentimento da boa senhora, onde ajuda nas diversas tarefas do sítio. Um negro velho que vive fumando cachimbo e sabe tudo sobre a floresta, o folclore e superstições. Grande amigo de Pedrinho, foi ele quem ensinou a "pegar" um saci. Seu nome completo é Senhor Barnabé Semicúpio da Silva



Rabicó, é uma personagem da obra de Monteiro Lobato. Ele é um porco gordo e guloso, ganhou este nome por ter somente um toquinho de rabo, ele morre de medo de Tia Nastácia, que sempre tenta colocá-lo na panela, mas nunca conseguiu, pois a Narizinho o protege. Rabicó é marido de Emília, que só se casou com ele por interesse em se tornar marquesa, e talvez algum dia princesa; isso se deve ao fato de que Narizinho enganou a boneca dizendo que o Rabicó na verdade era um marquês descendente da nobreza, e que uma bruxa havia o transformado em porco, e que só voltaria a ser gente quando ele encontrasse um certo anel na barriga de uma certa minhoca.


Quindim é uma personagem do Sítio do Picapau Amarelo. Um rinoceronte que é adotado pelos habitantes do sítio.É um rinoceronte que fugiu do circo e foi parar nas terras de Dona Benta. Foi Emília quem o acolheu e se tornou sua primeira amiga, de modo que o rinoceronte decidiu ficar morando no Sítio. Aliás, foi a própria Emília que lhe deu o nome de "Quindim", por causa da personalidade "doce" do rinoceronte. Com o tempo Quindim foi ficando agressivo, Dona Benta teve que ligar para o circo mas pedrinho o domesticou novamente fazendo assim Quindim seu mascote e "Pet".


Cuca é um dos principais seres mitológicos do folclore brasileiro. Ela é conhecida popularmente como uma velha feia na forma de jacaré que rouba as crianças desobedientes. A origem desta lenda está num dragão, a coca das lendas portuguesas, tradição que foi levada para o Brasil na época da colonização. No Brasil, a "Cuca" normalmente é descrita como tendo a forma de um jacaré com longos cabelos loiros. Isso na verdade se tornou mais popular por causa das várias adaptações para a televisão da obra infantil de Monteiro Lobato, o Sítio do Picapau Amarelo, onde a personagem era sempre representada por uma atriz com uma fantasia de jacaré de cabelo amarelo. No livro original "O Saci" escrito por Monteiro Lobato em 1921, a personagem é uma horrenda bruxa que mora numa caverna escura. Tem cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões. Velha como o tempo, dorme uma noite a cada sete anos. Quando fica brava, dá para ouvir o seu urro de raiva a 10 léguas de distância. Um dia ela raptou e encantou a Narizinho. Pedrinho, com ajuda do Saci, conseguiu o fio de cabelo de uma Iara e quebrou o encanto.

O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira traz cuca significando bicho-papão, coco, papa-gente, tutu, bitu, boitatá, papa-figo. A cuca é um bicho imaginário criado e usado para fazer medo às crianças choronas que não querem dormir



Saci  é uma personagem bastante conhecida do folclore brasileiro, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região das Missões, no Sul do país, por onde se espalhou em sua quase totalidade. Nas cidades e nas roças, todo mundo tem medo de Saci. É um perneta muito safado que adora fazer estripulias nos terreiros das fazendas e assustar os animais no pasto. Pedrinho, que não tem medo de nada, conseguiu caçar um com a peneira e colocá-lo na garrafa, como ensinou um velho caboclo das vizinhanças. Mas logo devolveu a liberdade ao Saci e ficaram amigos. O Saci ensinou a Pedrinho os segredos da floresta.

versão atual dos personagens do Sítio

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