terça-feira, 3 de maio de 2011

Jornalismo é coisa séria

Oi gente como todos sabem sou formada em jornalismo. E a cada dia que passa fico mais indignada com alguns profissionais da área, e porque não falar do jornalismo em geral. Não só por ser uma classe que não é unida, por não lutarem pelo diploma que muitos sofremos para ganhar, mas sim pelo nível que hoje se encontra.

No meu ponto de vista, com raras exceções, existem dois tipos de jornalistas, o veteranos, com longos anos de carreira e o os jornalistas de hoje.


 
Os jornalistas de longos anos de profissão estão parados no tempo, mal sabem mexer num computador, vivem pregados a sua antiga máquina de escrever e as regras do passado, e que não admitem ser substituídos ou até mesmo questionados por jovens. São os donos da verdade. E os jornalistas de hoje, que nada conseguem fazer se não tiver um computador (e o santo Google e outros sites de pesquisas). Não conhecem a história do seu país, da música, do teatro e não se esforçam para aprender.

E falo isso convicta de algumas informações. Outro dia um colega por assim dizer, estava pedido algumas informações sobre uma pessoa (uma celebridade – um grande ator), mas que infelizmente não muito conhecido do público jovem. Depois de umas perguntas totalmente sem noção o mesmo vira e pergunta “será que consigo mais alguma informação desta pessoa na internet?”. Fiquei passada... quase disse você deveria já ter buscado algumas informações antes de tentar fazer este “suposto” questionário. Sem contar a contradições de informações que saem na internet e os jovens vão montando, por assim dizer, sua matéria sem averiguar a veracidade das informações. E sem contar erros grotescos que os mesmo comentem e às vezes logo no título da reportagem. Pelo menos foi que eu aprendi. Título e legenda não se colocam ponto final... Hellooooo jovens jornalistas, este erro está sendo cometido aos montes, em jornais e internet... Alguém discorda?


 
E os veteranos comentem erros diferentes, por acharem que ainda vivem no seu mundinho aonde toda informação que chega é verdadeira. Outro dia lendo uma coluna de um veterano jornalista, que até eu admirava, vi vários erros, principalmente com informações contraditórias, nomes trocados. Até ai tudo bem, mas há algumas semanas, peguei dois erros que decidi que não ia mais ler a coluna.


Primeiro, o jornalista informava que a Skol estava lançando uma nova cerveja chamada 360º graus (pensei comigo... isso já foi lançado), mas continuei lendo... e ai o erro gravíssimo, na mesma nota ele dizia que estava nova cerveja teria o poder e evitar a sensação de inchaço que as outras cervejas traziam e pasmem que o comercial iria apresentar pessoas baiacu, ou seja, que não tomassem a Skol 360º virariam baiacu... Então pensei este jornalista não assiste TV, porque esta é uma campanha já lançada no começo do verão passado. E para complicar ainda mais este jornalista descobri que ele tem quatro assistentes (se podemos chamar isso de assistente) só que somente um é recém-formado em jornalismo, ou outros três não tem nada a ver (1 publicitário, 1 advogado, 1 só segundo grau completo).


Então a minha pergunta continua martelando, será que nenhum destes “assistentes” pelo qual as matérias e notas passam, para revisão de texto e outros detalhes, também não assistem televisão, já que são todos jovens, e dar um toque que este comercial já está no ar?? Resolvi então mandar um e-mail e um dos assistentes me respondeu... “A nota era só para chamar a atenção... obrigada pela sua leitura.”

Hã! Como assim chamar a atenção? E de quem? Será que as pessoas que lêem esta coluna também não costumam ver televisão? Quem que eles pensam que enganam? Que tipo de resposta é essa, não estão falando com uma “Maria” qualquer. Depois da resposta do assistente definitivamente não li mais a colunas, porque já não acredito na veracidade das notas da mesma.


Como disse acima claro que existem exceções existem bons e ótimos jornalistas que ainda prezam pela essência do jornalista, que é divulgação de informações, ou melhor, a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Será que aonde vamos parar com este tipo de jornalismo “barato” que ao invés de informar distorce os fatos. E ainda mais sem a obrigação do diploma para exercer a função, aonde todo mundo quer ser jornalista agora.

E eu nem toquei no fato de muitos “jornalistas” explorarem o sensacionalismo, espetacularização e outros segmentos do mesmo tipo para garantir a audiência ou a leitura.

Alguém tem uma opinião diferente da minha? Deixe seus comentários


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